January 06, 2014

Amigos leitores, estão para breve duas novas reflexões, uma de agora, outra que anda já há algum tempo a querer vir ao de cima.

Os Meus Pensamentos não morreram. Só estão temporariamente entorpecidos.

August 20, 2013

Alturas em que não mais sentes que o vazio do vento, sao os momentos em que mais sentes a tua escencia; verdade do amago. Mas se, por mero acaso se te nao conheces, torna-se tao novo e assustador que talvez receies o retorno. É facto que o vento de esplendor sub-extimado, capaz de mover o mais robusto dos corpos é talvez a mais engenheira de todas as manifestaçoes naturaes.
É o seu corte gélido que sentes a cada pulsar do coeur, tornar-se lentamente a granito enegrecido. O desconhecido e amedrontamento de que nao mais haja retorno. Ou que se prove embuste a palavra que te é desmentida no gesto. A duvida conheço-a bem, assim como o caminho. Mas lucto. Faço-o ate de mais pela palavra que vejo em ti e que no vento te dê a mao, quente.


Maxwell R. Black

July 15, 2013

Improviso.

Um beijo, um sonho
uma verdade escondida
um dito por não dito
Um sentimento descrito.

Um oculto segredo
ou uma vontade de certo
simples palavras ao vento
um vento gelido, deserto

palavras que não me dizes
tempo que te dou
sem verdade não me olhas
sentimento que voo.

Sinto-te quando não estás. Mas creio que me escondes a verdadeira razão do Tempo.


Maxwell R. Black
Julho 14, 2013

July 01, 2013

Untitled

No que toca à vivência dos povos e, particularmente, na sociedade ocidental civilizada, as particularidades e dicotomias não deixam de ser sem um traço de ironia. Se, a dado momento é-se o topo de algo, um Director de uma cadeia, o melhor empregado da empresa, o namorado perfeito com quem se faz planos para a vida, no momento seguinte cai-se do topo. Somos comidos por uma total insensibilidade que os agentes e as próprias pessoas demonstram umas para as outras. Ao mesmo tempo, porém, revéstem-se de uma total pureza e talha dourada capaz de enganar o incauto que se deixa seduzir pelo brilho da possibilidade de ver reconhecido o seu esforço de vida e suor dados.
É a todo o ritmo incutido pela pretensa modernidade atribuída a razão destes fenómenos que proliferam quando, a realidade demonstra que a racionalização pensada é apenas o encobrimento de uma necessidade intrínseca que o indivíduo tem de ser egoísta. Essa é a verdadeira norma social e transversal que desafia todo e qualquer sistema actual de pacto social. Utópica e ingenuamente pensou-se que este factor natural pudesse ser corrigido de modo a tornar a co-habitação possível. Nenhum sistema idealizado foi capaz de o realizar e o vigente limita-se a ignorar o óbvio, fazendo uma pretensa apologia de que cada indivíduo é único e livre, dando a outra face ao problema imperativo da total irresponsabilidade e, até desresponsabilidade dos actos próprios.
Parece, portanto, lógico concluir que o único facto que realmente une cada indivíduo ao seu semelhante é, apenas e só o ódio que este tem a si próprio.

June 17, 2013

A Imagem

No topo da colina, olhava para baixo. Os largos campos, verdejantes com o sol ténue de fim de Inverno uivavam com a brisa. Depois do canal, a vila impunha-se quase esculpida da paisagem, o coruchéu da torre da igreja apontando para o nada do céu opaco de azul. Aqui, ao meu lado o sobreiro dobra-se sobre mim e quase me enche de sombra. As suas pregas e dobras não são estéreis como parecem. De perto o borbulhar da vida de insecto, cada rasgo um caminho de formigas-touro ou uma toca de aranha. Por entre a ramagem, sem saber bem onde, a cigarra respira. Alto. N'aquele além é onde o tentilhão faz ninho! Mas só nas colinas a perder de vista são os chaparrais. Oiço por cima da brisa o barulho de algo por entre o verde do milho. São os coelhos? Não. é maior! E vem nesta direcção: um javali. Não. é rápido de mais… Á minha volta tudo continua igual. Eu sei que é para mim. Pressinto. Corre! Corre como se soubesse onde estou!
A mancha castanha sai de dentro do verde irrompe desfocada na minha direcção. De língua descaída para o lado da boca e respiração rápida a mancha de pelo brilhante salta na minha direcção. 'Nico!' O meu bicho de sempre enrola-se a mim com os seus olhos negros brilhantes e enormes a olhar na minha direcção. Rebolamos os dois colina abaixo com a brincadeira. O tonto veio desde a vila atrás de mim. Afago-lhe o pelo com carinho, ele lambe-me a mão. O meu amigo.


Maxwell R. Black
June 17, 2013
01.40 pm

February 15, 2013

Palavras, largadas à Travessia.

Caminho ao deserto que te deixou
e vento reinante que bafeja a mente
loucura do pensamento que prende
a verdade que não deve à restrição.

Teimosamente sonhando
pela mão quente do encosto à confiança
que, em verdade não sei se existe.

Mas é a vontade que consome,
que é então balançada pela espada
do vento não tão honesto quando o artifício
sem razão.

Entrelaçados os dedos, sufocando
de apertado ardor da paixão
mas sem saber para onde ir, de facto, em mãos;
em luta do tolo que se esquece
de que há mais além da pedra-mor.

Se corre em beleza da cor
e a sensibilidade ao botão com espinhos…
É o tempo que escorre sem que saiba como
e torna tudo tão sem nexo;
Caos que só ao mais forte Vento ordena.


Maxwell R. Black
Feb 15, 2013
03.03am

February 09, 2013

Alva, a Torre de Ferro

Quando estás onde és
e te conheces tão bem quanto quém vês;
onde a verdade o é sem se esforçar
e o gosto é tão natural quanto a brisa
que resvala tão suavemente ao Rio
quanto o sol frio de Inverno te acaricia
pelo Urbano.
Onde a tua liberdade e o olhar
é apenas mais uma parte de ti e
o peso da limitação é uma ideia recôndita
que depressa te escapa à memória como um
pesadelo deixado.
E depois é-se arrancado dessa liberdade e conforto
e posto de novo na jaula, atirada ao calabouço;
Como se as entranhas arrancadas a punho cru
fossem as palavras de que não és digno de ser Humano;
Condenado à bestialidade para sempre.
Mais forte que a portugalidade saudosista
algo capaz de se sentir o amargo na boca
ou o cheiro fétido do calabouço.

Um pedaço de ti, para sempre à espera do Retorno.



Maxwell R. Black
Feb 09, 2013
03.51pm

October 29, 2012

A Carta.

Digo olá a ti, que nem já te recordas de mim,
E sei que todas as palavras que te lanço caem
em tão profunda escuridão que não mais te recordas
de que, a final, sou alguém que aqui está.
Tentei pois tocar-te, ouvir-te
rimar-te sem que tentasses sequer aperceber-te
de que real eu era para ter-te.
E, assim, sem que a reciprocidade do vento
te agitasse esses cabelos tão descuidadamente podados
de trigo já passado da apanha senti;
que já não era em casa que a minha mente vagueava.
Ou por outra, em casa a que nunca chamei ‘minha’
sem que fosse, afinal, um verdadeiro abrigo
da chuva que, em épocha agora do findo estio
rega as terras intocadas e ressequidas
do tórrido tormento que sempre me agoira.

E, se talvez terei dito mais do que o meu senso me permitia
não me arrependo. Pois apenas constatei aquilo
que sempre temeste (ou não) que eu dissesse.
Já que antes me haviam dito que teria que ser Eu,
que marcaria o traço na areia. Não sabia, porém,
que o pau, também seco dos vapores intoxicantes
da atmosfera seria, afinal uma haste de roseira que,
ainda em botão deixas-te secar.
Porque nunca a conseguiste ver.

Pensei em pedir-te mas de pedir-te estou já cansado.
Porque te tenho pedido para me veres,
e me tocares, e me dizeres o que me convenci que sentes
porque sempre que te miro o Céu limpo de Cristal
vejo a verdade que, por mais que ajas não me illudes.
Se percebesses o que vejo quando os vejo...

Deixei-me de olhar para os Movimentos
para a Mecânica que, por um passo de genealidade,
rege as formas em líquido de fumo denso
quando finalmente colidem em fricção tal que
o mundo pára para admirar a imponência da luz
e do som que rasgam toda a realidade ao tenebroso.
E os cintilantes espalhados não por acaso na Esfera
Tornando cada único acontecimento, cada multiplicidade
de côr e forma em algo mais maravilhoso que qualquer
outro Fabricado.

Foi o que tentei, com todas as fibras de mim fazer-te vêr
sem que, no entanto, te perdesses, porque me darias a mão.
Mas, a verdade é que deixei já o encanto e voltei a traze-lo
para dentro qual vaso de Epimeteu,
tampa que não tenciono agora abrir
exceptuando para mirar se tal magia ainda permanece
eterna.

A ti, que não te recordas digo sempre Olá;
TonTon.



Maxwell R. Black
Oct 29, 2012
02.42am

June 22, 2012

Want for Infinity (Collapse to Nothingness)

A freak that belongs nowhere
knows not the boundary of life
the limit to which a feeling
so deep as the darkest corners of the galaxy
can bring itself to be
as strong as matter itself.

The brightest reds and yellows
are no match for the green of rage
boiling inside my mind.
Echos of nobody or anything.

You are an echo of my desire.

Untouchable shapes
only to be seen but never touched or crossed,
Reality of an Infinity
that has yet to be ended or explained.
A pure flash of nothing
fills my mind and vanishes suddenly
as if it never were.

Memories, and a pure want not to hold you
crushing; gravity pulling stars
galaxies collapsing and deep inside
as dark as the end of Time itself.

This is me.
A freak.

A freak like me just needs Infinity.


Maxwell R. Black
June 22, 2012
05.28am

May 21, 2012

Antiqua Origem - Introductórium

Sentir a tua mão
é carícia em minha.
Sentir-te a tecla em piano vibrante
largado ao som da walça trás-me conforto
E depois quando me largas
largas-me em vácuo sem saber.

Chuva cresce pela vastidão da Esfera
que de pequeno a denso
e que ainda assim intocável
até reposares por queda,
embatendo à chegada.

É pelo ranger suave da corda das Cordas
que te sinto embalar em dança
e que olho nervoso.

Hoje dói-me a memória.
Ou será antes o pensamento?
Em todo o complexo do Tempo não sei
já se o foi ou não.
Vagueio por entre as sombras
que me limpam de mim e roubam
côr que é Essência.
Vergonha de não poder refazer, apagar
e de Ser. Essa mais que qualquer outra.

Incapaz. Fracassado e largado aos lobos;
carcaça nojenta que implora por esmola alheia
incapaz de se levantar a si: fazer.
Lixo sem respeito, sanguessuga.
És o que mais desprezo em verdade
e o que não posso esconder.

E, se em dúvida que não a há
então encontras a verdade que conheces desde sempre.
A palavra que sempre te descreveu.


Maxwell R. Black
May 21, 2012
04.00am

April 16, 2012

One Stroke

One tear of lingering memory
from a past that is now so distant
water that washes away every trace
of the steps we took on the crystal sand of yesterday.
Time it seems did pass
and you brought to light
a chapter that was left behind
so far back it was lost, locked away.
That was the chapter I died and in this one I've returned
a different person altogether.
A new unnoticed someone
more honest then ever before.

There is no bounding box
and the piano is now tuned
to another song. One of purity.

Me? I've grown way too much
and now I See.

I aspire to the other side of the River
and today I let the wind run free around me
so many brown and yellow falling
but so much yet to come!

(incomplete)


Maxwell R. Black
April 16, 2012
05.30am

March 16, 2012

Momentos que te tornam mais Homem são aqueles que te doem quando estilhaças como vidro pela significância de pequenos gestos.

February 16, 2012

Três voltas em torno do Sol

Fez já 10 dias que celebraste o teu terceiro aniversário, dia 6. Celebrei-o na minha mente (haveria sitio mais apropriado?) mas não te escrevi, por impossibilidade do tempo e da enferma. Sabes, porém que nunca me esqueceria de ti e que não te celebrei os anteriores com justa causa.
Estou aqui, como sempre estive e tu és parte de mim, os meus pensamentos…
Mudámos juntos e maturámos juntos. És o meu arquivo que tanta falta me faz. Seguras na minha bicicleta enquanto lhe dou os primeiros equilíbrios, testes.
Um commigo mesmo. Parabéns a nós (com uma semana de diferença e uma de atraso! :) )


Maxwell R. Black
February 16, 2012
05.08pm